Presidente da Fepagro apresenta ações realizadas a servidores do IPVDF

O diretor-presidente da Fepagro, Danilo Rheinheimer dos Santos, realizou, na segunda-feira (12 de agosto), uma visita ao Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF – Fepagro Saúde Animal) onde apresentou aos servidores um resumo das principais ações implantadas na Fepagro desde que assumiu como presidente da Fundação, em janeiro de 2011. “É uma visão geral do que encontramos quando chegamos, o que já fizemos desde então e o que ainda precisamos fazer no futuro”, explica.
O primeiro desafio encontrado foi enxugar a grande estrutura encontrada na Fepagro. Com 26 unidades espalhadas pelo Estado, era muito difícil manter todas funcionando a contento, ainda mais com a política de Estado Mínimo promovida pelos governos anteriores. Foi preciso tomar uma decisão difícil: o encerramento de atividades em algumas unidades, que sequer dispunham de funcionários. “A necessidade do fechamento de unidades da Fepagro já era algo debatido por outros presidentes da Fundação. Todos tinham a consciência de que era necessário enxugar a estrutura, mas era preciso coragem para levar esse projeto adiante”, conta Danilo. Foram encerradas as atividades em sete unidades da Fepagro, que não tinham pesquisadores e nenhuma linha de pesquisa sendo desenvolvida em suas áreas.
Outro problema encontrado foi a concentração de pesquisadores na sede da Fepagro, em Porto Alegre. Com o cadastro do concurso homologado em 2011, se as convocações fossem seguidas de acordo com as lotações divulgadas pelo concurso público, a discrepância seria ainda maior. “Teríamos apenas 24 doutores no interior e 30 em Porto Alegre. Como desenvolver as potencialidades econômicas de cada região do Estado sem os pesquisadores realizando seu trabalho perto das comunidades locais?”, questiona o presidente. A solução foi a transferência de pesquisadores para os Centros de Pesquisa do interior. Foram realocados 24 pesquisadores e 19 servidores de apoio. “Mesmo assim, será necessário programar um novo concurso público para selecionar mais pesquisadores e um corpo técnico de apoio razoável para as unidades do interior”, pontua.
A estrutura precária dos Centros de Pesquisa, com equipamentos em mau estado de conservação, também foi outro empecilho a ser superado. Com os investimentos conquistados através do PAC Embrapa OEPAS 2009 e 2010 e do BNDES, houve uma renovação completa na frota de veículos, de maquinário agrícola, novos equipamentos laboratoriais, sistemas de irrigação, troca completa de mobiliário e a aquisição de 176 novos computadores, com softwares originais. “Era extremamente necessário dar condições para o trabalho dos servidores e para o trabalho de campo dos pesquisadores”, ressalta Danilo. Não bastasse a falta de estrutura e de servidores, os Centros de Pesquisa da Fepagro também sofriam com a falta de controle na utilização de seus espaços e recursos. Ocupações irregulares das unidades da Fepagro e parcerias agrícolas desvantajosas e sem relação com a área da pesquisa eram os principais problemas encontrados. “Os imóveis já foram desocupados e todas as parcerias agrícolas foram rescindidas”, informa.
Para dar prosseguimento à reestruturação e à revitalização dos Centros de Pesquisa da Fepagro, o modelo de Centro de Pesquisa implantado na Fepagro em Vacaria deverá ser aplicado nas outras unidades da Fundação. Em Vacaria, será construída uma unidade do Instituto Federal Rio Grande do Sul, com capacidade para atender 1.200 alunos, e a Uergs também terá uma unidade no local. Cooperações em pesquisa com a Embrapa e a Universidade de Caxias do Sul são conduzidas no Centro de Pesquisa, que também abrigará duas agroindústrias familiares, de processamento de mel e pequenas frutas, mantidas pela prefeitura do município. “Vacaria representa o sistema ideal para a Fepagro atuar no interior do Estado: estimulando a parceria com instituições da região, aliando pesquisa, ensino e extensão”, avalia o presidente.
Mestrado em Sanidade Animal – No início de 2011, o IPVDF contava com apenas três doutores em seu corpo de pesquisadores. Com as nomeações dos novos concursados, houve um salto na quantidade de pesquisadores do IPVDF, que hoje conta com 14 doutores e mais três pesquisadores em processo de doutoramento. Essa nova realidade tornou possível a criação do projeto de Mestrado em Sanidade Animal, que já foi submetido à aprovação e aguarda o parecer da Capes. “Será um programa de pós-graduação de referência em sanidade animal, realizado dentro do IPVDF, uma instituição com tradição muito sólida nessa área”, frisa Danilo.
Elaine Pinto (Mtb 32.233/RJ)
Divisão de Comunicação Social