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Pesquisadores do IPVDF têm artigo publicado em revista de avicultura

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Artigo trata dos fatores de risco envolvidos na celulite aviária
Artigo trata dos fatores de risco envolvidos na celulite aviária - Foto: Foto: SindiaviparDownload

Os pesquisadores Benito Guimarães de Brito e Kelly Cristina Tagliari de Brito, do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor  (IPVDF – Fepagro Saúde Animal) publicaram um artigo técnico na última edição da revista Avicultura PR, do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). O texto trata dos fatores de risco envolvidos na celulite aviária.

Fatores de risco envolvidos na celulite aviária

Celulite é a inflamação purulenta, aguda e difusa que afeta os tecidos subcutâneos, sendo frequentemente associada com a formação de abscessos. Eles são comumente chamados de “placas” e são resultados da defesa do organismo contra bactérias em áreas que não têm grande irrigação sanguínea, como o tecido subcutâneo. A celulite nas aves causa a descoloração e espessamento da pele, por isso também é conhecida como processo inflamatório e dermatite necrótica.

Nos últimos anos vem aumentando o interesse no controle da celulite aviária, principalmente devido aos grandes prejuízos decorrentes da condenação de aves por lesões cutâneas. A integridade da pele é um fator importante do desencadeamento da celulite aviária. Existe a necessidade de ocorrer lesões traumáticas ou abrasivas, que promovam uma solução de continuidade na pele e que, a partir desta lesão, ocorra a penetração de micro-organismos e posterior colonização do tecido subcutâneo. Por isso, as práticas de manejo que agridam os animais, favorecendo a ocorrência de lesões subcutâneas, são grandes fatores de risco para a ocorrência de celulite.

Entre os fatores de risco foram relacionados com o problema o tamanho da granja, lesões abdominais, sinovite, dermatite, pericardite, peritonite, septicemias, salpingites, hepatites, ascite, deformações valgus varus e outros fatores que influenciam no desenvolvimento do empenamento das aves.

A estação do ano, principalmente quando ocorrem altas temperaturas, é um fator que deprime o consumo de alimento das aves e causa estresse calórico e consequentemente, ocorre um menor desenvolvimento das aves e a cobertura de penas ocorre de forma mais lenta permitindo uma maior incidência de arranhões. Vários fatores nutricionais foram apontados como predisponentes ao mau empenamento, dentre os quais são citados o baixo nível de proteína total e deficiência de aminoácidos específicos, tais como metionina, cistina, arginina, isoleucina, leucina, valina, lisina, treonina e triptofano.

Alguns minerais e vitaminas têm sido indicados por nutricionistas como fatores a serem avaliados nos problemas de empenamento em frango de corte. Entre eles temos o zinco, o manganês, o selênio, o cobre e o molibdênio, e as vitaminas A e E, a niacina e a colina.

Determinadas linhagens de aves apresentam o empenamento mais precoce, consequentemente têm menor incidência de celulite. A alta densidade utilizada nas criações de aves contribui para uma maior competição por comedouros, bebedouros e área, favorecendo a ocorrência de arranhões. Observações de campo permitem constatar que o problema se manifesta principalmente em lotes de machos criados com alta densidade e durante períodos com temperaturas elevadas. A imunidade das aves também é um fator predisponente importante para a ocorrência da doença, lotes de aves imunodeprimidas tendem a ter mais problemas de celulite. Na prevenção desta doença é importante sempre lembrar que a ocorrência de celulite é multifatorial e a presença de determinados fatores de risco predispõe a sua ocorrência.

 

Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor