Secretaria, Fepagro e Fundesa buscam soluções para o IPVDF

A Secretaria de Agricultura e Pecuária, a Fepagro e o Fundesa estão formando um grupo de trabalho para buscar uma solução para manter financeiramente as atividades de diagnóstico do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF – Fepagro Saúde Animal). Essa é a resolução de uma reunião realizada nesta terça-feira (23 de junho), no gabinete do secretário Ernani Polo.
“É a primeira vez que há esse diálogo para discutir uma solução a longo prazo para os serviços de diagnóstico do IPVDF. Essa alternativa passa, necessariamente, por uma construção conjunta entre Secretaria, Fepagro e o Fundesa”, frisou o secretário.
O diretor-presidente em exercício da Fepagro, Antonio Losso, o diretor técnico da Fundação, Carlos Oliveira e o diretor do IPVDF, Rogério Rodrigues, apresentaram o quadro financeiro e institucional do Centro de Pesquisa. Para continuar a ser credenciado pelo Ministério da Agricultura, o IPVDF deve cumprir algumas exigências que custaram, em 2014, R$ 890 mil. O Fundesa contribuiu com R$ 390 mil desse total.
No entanto, o Instituto não é deficitário e arrecada, com a realização de exames, quase R$ 600 mil por ano. “Temos um custo de manutenção mensal bastante elevado, mas sem fluxo de caixa, uma vez que a arrecadação vai toda para o Caixa Único do Estado”, explicou Rogério. Uma das sugestões que vão ser discutidas é uma alternativa que possibilite o repasse direto desta arrecadação para a Fepagro.
Além da situação financeira, o quadro funcional do IPVDF também preocupa: são 50 servidores, entre pesquisadores e pessoal de apoio, para dar suporte às atividades de diagnóstico do Instituto. O número é baixo para o volume de trabalho - só em 2014, foram analisadas mais de 45 mil amostras nos laboratórios do Instituto. Muitos desses servidores logo estarão aptos à aposentadoria.
Integrantes do Conselho Consultivo do Fundesa destacaram a importância dos serviços de diagnóstico do IPVDF como um dos alicerces dos programas de sanidade animal do Estado. “Status sanitário é algo extremamente importante em nosso setor. Precisamos entender o que é necessário dentro do IPVDF e fazer um esforço para buscarmos recursos”, disse o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.
Texto: Elaine Pinto