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Curso do IPVDF aborda doenças que afetam o sistema locomotor e reprodutivo das aves

Publicação:
professora mostra imagens em power point de doenças que afetam as aves
Pesquisadora da Universidade Estadual do Norte do Paraná fala para alunos do IPVDF - Foto: Darlene Silveira/FepagroDownload

“Doenças que afetam o sistema locomotor e/ou reprodutivo” foi o módulo apresentado nesta quarta-feira (24/6) no Curso Sanidade Avícola 2015, em Eldorado do Sul. A promoção é do Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal, do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor  (IPVDF)/Fepagro Saúde Animal; do Grupo de Pesquisa Inova, certificado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro); e do Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado do Rio Grande do Sul (SimvetRS). O evento segue até o próximo dia 30.

A médica veterinária e professora da Universidade Estadual do Norte do Paraná – Câmpus do município de Bandeirantes –, Claudia Yurika Tamehiro, falou sobre “Artrite viral, Mycoplasma Synoviae, Marek, Tifo e Pulorose, e EDS (EGG Drop Syndrome, ou Síndrome de Queda de Postura)”. Ela fez uma revisão do que ocorre no frango de corte, nas poedeiras e nas reprodutoras. Segundo Yurika, essas doenças causam perda de produtividade, que varia de 20 a 50%, podendo atingir até mesmo 100% de um lote. “Depende da idade da ave, e da cepa (tipos de vírus e sorotipos presentes), junto com outras doenças concomitantes presentes no lote”, explicou. “Lembrando que um lote possui, em média, de 2.500 a 60 mil aves”.

Yurika disse que um fator que dificulta a prevenção das enfermidades é a falta de conhecimento entre produtores e de comunicação entre os profissionais que trabalham na área agrícola. “É preciso levar material para o diagnóstico, para poder pensar na prevenção”, sugeriu. A médica veterinária acredita que, para prevenir enfermidades, o produtor deveria utilizar mais os laboratórios de pesquisa. “Por querer evitar a doença, e não por obrigatoriedade. Mas isso não ocorre, devido aos altos custos e à falta de logística nos laboratórios”, criticou.

Resistência Antimicrobiana

“Resistência Antimicrobiana” foi o tema apresentado pela professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Renata Kobayashi. Ela abordou os antimicrobianos (drogas usadas contra as bactérias) e a resistência a eles. Conforme Renata, a resistência aos antibióticos vem do uso indiscriminado em humanos, mas também do uso em animais. “Quanto mais você usa um antibiótico, mais você seleciona as bactérias resistentes”, esclareceu.

Para a pesquisadora, há necessidade de haver uma monitoria na resistência bacteriana em geral, devido à possibilidade do desenvolvimento de superbactérias, que podem ser prejudiciais aos humanos e às aves. “Superbactérias são bactérias multirresistentes ou resistentes a vários antibióticos”, explicou.

Renata contou ainda que o grupo de pesquisa da UEL, em conjunto com o Laboratório de Saúde das Aves, do IPVDF/Fepagro Saúde Animal, vem monitorando a resistência bacteriana nos frangos comercializados nos estados do Sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) ao longo de dez anos. Foi publicado recentemente um trabalho comparando a resistência de 2007 com a de 2013. “Encontraram um aumento do número de bactérias multirresistentes em carcaças de frangos comercializados, o que demonstra a necessidade da continuidade da pesquisa”.

O trabalho foi publicado na revista científica americana Foodborne Pathogens and Disease e tinha o objetivo de monitorar o perfil de resistência aos antimicrobianos das bactérias encontradas na cadeia produtiva de aves do Sul do Brasil.

 

Texto e fotos: Darlene Silveira

 

 

 

 

 

Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor