Debate sobre biossegurança encerra curso Sanidade Avícola da Fepagro

Encerrou nesta segunda-feira (29/6) o Curso Sanidade Avícola 2015, debatendo, entre outros assuntos, a biossegurança e o controle de qualidade de alimentos. A promoção foi do Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal, do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF)/Fepagro Saúde Animal; do Grupo de Pesquisa Inova, certificado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro); e do Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado do Rio Grande do Sul (SimvetRS).
O tema “Biossegurança nos sistemas de produção de aves pesadas e leves” foi abordado pelo médico veterinário da JBS Aves e professor da Universidade de Passo Fundo (UPF), Fernando Pilotto. Segundo ele, a influenza aviária é preocupante, pois causa a morte de mais de 50% das aves acometidas pela doença, comprometendo o segmento produtivo. Pilotto informou que é muito importante a vigilância ativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Secretaria da Agricultura e Pecuária do RS em sítios de aves migratórias. “A vigilância é feita em 18 sítios de nove estados brasileiros. Aqui no Rio Grande do Sul, há a Lagoa do Peixe e o Taim”.
Outros cuidados que devem ser tomados para evitar a contaminação são com a água e com o trânsito de pessoas. “A água pode ser veiculadora do vírus da gripe aviária, por isso, seu ciclo deve ser fechado, desde a origem até chegar à ave”, explicou Pilotto.
Conforme o médico veterinário, o princípio da biosseguridade é a higienização. E para mantê-la nas granjas é preciso ter: tela antipássaro, arco de desinfecção, tela de isolamento e portão sanitário. “Acredito que a sobrevivência da cadeia produtiva avícola no cenário atual depende da implementação das medidas de biosseguridade em todos os seus segmentos de produção”.
A também médica veterinária e professora da Universidade de Passo Fundo (UPF), Laura Beatriz Rodrigues, falou sobre “Controle da qualidade de alimentos”. Ela deu enfoque ao controle microbiológico de ambiente de processamento (abatedouros). Falou sobre os testes microbiológicos que devem ser feitos para o controle da qualidade dos alimentos. “São testes para detectar coliformes fecais e totais, Salmonellas e enterobactérias, basicamente”, contou.
De acordo com Laura, os testes são realizados para garantir que não haja microrganismos nos alimentos. “Cerca de 5% desses microrganismos são patogênicos, ou seja, causam doenças. Diminuindo, então, a contaminação no ambiente (abatedouro), reduz também no alimento. E isso é uma questão de saúde pública”, alertou.
Texto e fotos: Darlene Silveira