Pesquisador do IPVDF participa de evento sobre raiva nas Américas

O médico veterinário do Laboratório de Diagnóstico da Raiva do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF)/Fepagro Saúde Animal, Julio César de Almeida Rosa, participou da 15ª Reunião de Diretores dos Programas de Raiva nas Américas (Redipra 15), que ocorreu em Brasília (DF), de 15 a 17 de setembro. O objetivo foi fortalecer as ações para avançar rumo à eliminação da raiva humana transmitida por cães. O evento foi promovido pela Área de Saúde Pública Veterinária da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPS/OMS), com apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS) do Brasil. Participaram 130 pessoas de 27 países da região das Américas. O Dia Mundial da Raiva é comemorado a cada dia 28 de setembro.
Segundo Rosa, a Reunião analisou a situação da raiva na região e os avanços alcançados na prevenção e controle com vistas à eliminação da raiva humana transmitida por cães. “Foram definidas estratégias para a atenção, prevenção e vigilância da raiva silvestre e de herbívoros e para a inter-relação saúde-agricultura para o controle dessa zoonose de impacto na saúde e economia dos países”, afirmou.
Os participantes do encontro citaram que os casos de raiva humana caíram mais de 95% desde 1980 na região, porém ainda são relatados em alguns países. De julho de 2014 a junho de 2015, foram notificados 13 casos de raiva humana na Bolívia, Haiti, Guatemala, Brasil e República Dominicana. Também foram notificados casos de raiva canina, até em áreas consideradas livres da doença.
O que é raiva
A raiva é uma doença causada por um vírus transmitido aos seres humanos por meio de picadas ou arranhões de animais infectados (principalmente cães e animais silvestres como morcegos). Existem vacinas seguras e eficazes para prevenir a raiva nos animais, assim como vacinas para uso humano que devem ser administradas antes e depois do contato com o animal. Caso a pessoa tenha sido ferida por algum animal infectado, a limpeza da ferida e a vacinação imediata evitam, na maioria dos casos, o início da doença e da morte.
Texto: Darlene Silveira